121 Competindo comigo mesmo

Leitura Bíblica

“Cada coração conhece a sua própria amargura, e não há quem possa partilhar sua alegria.” (Provérbios‬ 14.10‬ NVI)‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬

Um versículo. Tanto ensinamento! Lendo os Provérbios hoje, esse versículo me “acertou em cheio”. Como é difícil entender e aceitar as diferenças! Como é difícil entender e aceitar que cada um reage de uma maneira a um mesmo estímulo!

Nos últimos dias parece que Deus vem me colocando vários exemplos e situações em que reforçam isso e eu tenho de me dar conta disso. Há poucos dias numa conversa de jantar com as crianças, falei que viver a vida se comparando com os outros é a chave para a infelicidade.

A competitividade extrema do ser humano faz com que ele fique o tempo todo olhando para fora, para seu vizinho, seu irmão, e quando isso está atrelado à inveja não existe nada que consiga satisfazer esse sofredor. Sua vida será um eterno vazio a ser preenchido.

A competitividade não é um mal em si, é uma característica humana. Se ela se volta para DENTRO, pode produzir resultados impressionantes. Se essa competição é entre o “você de hoje” e o “você de ontem”, e não entre você e seu vizinho.

O maior problema, eu dizia para as crianças, é que a comparação com o vizinho é injusta. Você não sabe de verdade o que ele sente, não sabe o que ele passou ou se o que você acha que é bom é realmente bom. Você não conhece as amarguras dele nem consegue compartilhar as alegrias dele. No máximo, você as inveja e sofre.

Ao reconhecer definitivamente que Deus nos deu a individualidade – cada um é cada um – e que nem ele se mete em nossas decisões, por amor, realinhamos nossa vida. Deixamos de mirar em um alvo móvel e desconhecido, que muitas vezes, são as alegrias e amarguras do meu vizinho, e passamos a ter um alvo fixo, um exemplo concreto e imutável a seguir: Jesus Cristo.

Nossa competição deixa de ser uma corrida de 100 metros e se transforma numa maratona, onde passo a passo eu me comparo comigo mesmo e vejo se me aproximei ou não de meu objetivo.

Ao reconhecer que somos diferentes, eu passo a compreender que não existe maneira de sentir a dor do meu filho, da minha esposa ou esposo, do meu irmão, mas eu posso ser companheiro, solidário, posso ficar ao lado e verdadeiramente oferecer o ombro.

Ao reconhecer que somos diferentes, não mais invejo o sucesso do meu vizinho, e embora não sinta a mesma felicidade que ele, consigo ir ao churrasco de comemoração com o coração leve, tranquilo, e confiante de que o meu sucesso também virá, na medida que eu preciso, de acordo com a vontade de Deus.

Um versículo. Tanta sabedoria! Obrigado, Deus.

Oremos

Pai, mestre querido.

Te louvo e agradeço por ter preservado tua Palavra ao longo desses anos todos e ter permitido que ela chegasse até nós.

Te louvo por permitir que pequenas gotas de sabedoria nos iluminem a cada dia.

Tu bem sabes de nossas limitações e da dificuldade que tenho em colocar em prática aquilo que leio na tua Palavra.

Muda meu coração. Que eu hoje seja melhor que eu ontem. Que eu amanhã consiga colocar mais ainda em prática o que venho aprendendo com essas leituras.

Obrigado, Pai, mais uma vez, por todo o aprendizado que vem me proporcionando.

Olha por nós. Dá-nos sabedoria e discernimento. Cuida de nossa saúde e nossas finanças. Isso te peço em nome de Jesus.

Amém.

 

Autor: Shailon Ian