112 O amor e o perdão libertador

Leitura Bíblica

“minhas vistas já estão fracas de tristeza. A ti, SENHOR, clamo cada dia; a ti ergo as minhas mãos.” (‭‭Salmos‬ ‭88.9‬ ‭NVI)‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬

“Por que, SENHOR, me rejeitas e escondes de mim o teu rosto?” (‭‭Salmos‬ ‭88.14‬ ‭NVI)‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬

É a terceira vez que medito neste salmo no período de seis meses. E em cada uma das vezes, um aspecto diferente do texto me tocou mais.

O clamor do salmista é tocante e fala muito fortemente ao meu coração. O seu desespero e medo, a sua angústia ao pedir a ajuda de Deus fala diretamente comigo. Como eu queria ser ele.

Quantas vezes me sinto assim: triste e desamparado. O sentimento é exatamente o mesmo: é como Deus se escondesse, deixando-me sozinho na escuridão.

Nessas horas, minha mente e fé brigam com meus sentimentos. A mente traz tudo que já li na Palavra de Deus. A fé reforça esse conhecimento, mas o coração não se acalma. 

Ontem resolvi investigar mais. E durante a minha leitura, fui direcionado para essa passagem que talvez indique um caminho:

“Amados, se o nosso coração não nos condenar, temos confiança diante de Deus e recebemos dele tudo o que pedimos, porque obedecemos aos seus mandamentos e fazemos o que lhe agrada. E este é o seu mandamento: Que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo e que nos amemos uns aos outros, como ele nos ordenou.” (‭‭1João‬ ‭3.21-23)‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬‬

A sabedoria de Deus é impressionante. É maior do que podemos compreender. É magnífica. Não é Deus que vira sua face contra mim, mas muitas vezes, sou eu mesmo que, cheio de culpa, me condeno e me escondo de Deus. Isso enfraquece a minha fé. 

Se eu entender que Deus ama e perdoa, não haverá briga entre minha razão, fé e emoção. Assim, não me sentirei separado e longe de Deus.

Mas por que meu coração me condena? Porque eu me coloco um fardo maior do que o necessário. Na minha fragilidade humana, eu acabo transformando os mandamentos de Deus em uma série de regras legalistas e quando percebo, estou preso nesse emaranhado. Deus deixa de ser perdoador e libertador e passa a ser “carcereiro”. Com isso o coração se transforma em uma prisão, um centro de culpa. Deixo de me aceitar e passo a buscar obsessivamente um ideal perfeito. 

Sou humano e tenho limitações.

Há um propósito para minha estada aqui e esse deve ser o foco. Ao crer em Deus com todo meu ser, de todo meu coração e com todas minhas forças e ao amar ao próximo como a mim mesmo, eu cumpro os mandamentos de Deus. E não tenho motivos para carregar culpa, uma vez que fui redimido por Cristo, que me salvou. Saber e viver essa realidade me liberta e afasta os medos. Dá a confiança que preciso para seguir em frente cumprindo o plano de Deus em minha vida.

Oremos

Pai querido,

ontem eu estava entristecido e te pedi ajuda e orientação. 

Hoje te agradeço, pois, creio que a recebi.

Pai, agradeço pelos dias em São Paulo e pelas reuniões que tive. Que as ideias e projetos ali discutidos frutifiquem de acordo com tua vontade.

Estou indo para Belo Horizonte agora para outra reunião, que ela também seja produtiva, pois esse projeto é chave. Se for de tua vontade a continuidade do negócio, dá-me sabedoria durante a reunião para esclarecer todas as dúvidas e solucionar os problemas.

Obrigado, Pai, pelo tempo com o pessoal da igreja nessa semana, foi bom rever os amigos. Orienta e dá sabedoria para a equipe da IBNU.

Cuida de nós, Pai. Perdoa nossos pecados. Alivia nossa carga. Que confiemos no teu amor e perdão para não carregarmos a culpa e peso que não nos cabem.

Abençoa a todos nós.

Em nome de Jesus.

Amém. 

Autor: Shailon Ian